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Cheque: A relíquia que ainda paga contas (e surpreende)

Apesar de parecer antiquado, o cheque continua sendo uma opção válida e em uso para saldar contas, destacando sua durabilidade no cenário financeiro atual.

O cheque é uma palavra que evoca nostalgia em muitos, especialmente para quem cresceu antes dos anos 2000. Este meio de pagamento, outrora popular no Brasil, hoje, é quase uma peça de museu. Quem nasceu no final dos anos 90 provavelmente nunca usou uma folha de cheque – ou mesmo tocou em uma.

Na era dos pagamentos digitais e cartões de crédito, as pessoas podem achar estranho que uma prática tão antiga ainda tenha relevância. Mesmo assim, segundo dados do Banco Central, em 2019 foram realizadas cerca de 550 milhões de transações com esse método, movimentando R$ 1,52 bilhão. Isso nos leva a perguntar: como esse documento atemporal ainda mantém espaço nos hábitos financeiros de alguns brasileiros?

Quem tem direito a talão de cheque?

Para conseguir um talão de cheque, é necessário ter uma conta corrente ativa em instituições financeiras. Manter as finanças em dia e não possuir pendências nos registros de crédito são requisitos básicos para solicitar um talão. Enquanto alguns bancos oferecem esse serviço gratuitamente, outros podem cobrar uma tarifa a partir de uma determinada quantidade de folhas.

Além disso, certas instituições só permitem o acesso ao cheque a clientes com contas correntes especiais. Portanto, verificar essas condições no aplicativo do banco ou diretamente na agência é sempre uma boa ideia. Apesar da redução no uso, os talões ainda são parte importante dos serviços oferecidos nos bancos tradicionais.

Obter o talão de cheques não é um privilégio concedido a qualquer titular de conta corrente. Geralmente, cada banco possui políticas específicas para sua emissão, adaptáveis de acordo com o tipo de conta e o histórico do cliente. Por exemplo, clientes que já demonstram uma boa relação com saldo e movimentação de valores podem ter acesso mais facilitado.

Como funciona um cheque?

Cheques são basicamente contratos financeiros, autorizando o portador a sacar dinheiro da conta emissora. Quando alguém emite uma folha de cheque, ele preenche informações importantes como a data, o valor a ser transferido e o nome do recebedor. Com esses dados, o recebedor pode então sacar a quantia indicada, contanto que o emissor tenha fundos suficientes.

Apesar de seu uso parecer formal, a confiança é fundamental, uma vez que não há uma garantia absoluta de que o dinheiro esteja em conta. Caso o cheque não tenha fundos, ele será devolvido, e o recebedor pode buscar compensação legalmente. Essa versatilidade faz com que cheque ainda encontre seu espaço mesmo na era digital.

Por que ainda usam cheque?

Os cheques ainda possuem sua relevância, além das razões práticas já mencionadas. Eles são frequentemente utilizados como caução em transações que exigem segurança, como no aluguel de carros ou imóveis. Neste contexto, deixar um cheque caução sinaliza seriedade e compromisso com a devolução do bem alugado.

A analogia histórica do uso dos cheques com a era de ouro dos investimentos explica por que ele ainda persiste. Em situações onde outros instrumentos se mostram voláteis, o cheque oferece um senso de estabilidade. Suas formas de uso e aceitação preveem um tratamento adequado em determinados cenários de pagamento. Para comerciantes, o cheque pré-datado facilita que clientes realizem compras sem comprometer saldo imediato, além de possibilitar uma gestão eficiente de fluxos de caixa por parte dos lojistas.

Uso de cheques no Brasil

Mesmo com a crescente digitalização dos serviços bancários, cheques ainda têm lugar na economia brasileira. Embora os bancos totalmente digitais, como o Nubank, não ofereçam essa modalidade, outras instituições tradicionais continuam a fornecer talões. Estes podem ser solicitados tanto em agências físicas quanto emitidos em caixas eletrônicos. Entretanto, existe uma quantidade limite de folhas que podem ser solicitadas de uma só vez.

O uso dos cheques como pagamento ainda persiste em várias regiões do Brasil, principalmente em áreas rurais ou em comunidades menores onde a conectividade pode não ser eficiente. Além disso, em mercados de nicho ou produtos exclusivos, o cheque continua a ser visto como um meio tradicional e mais pessoal de negociar.

Tipos de cheque

Os cheques podem ser classificados em várias categorias, cada qual com sua função específica. Entre os mais comuns, destacam-se: o cheque à vista, que deve ser compensado de imediato, e o cheque pré-datado, que permite ao emissor escolher uma data futura para o pagamento. Além desses, temos o cheque não à ordem, que não pode ser transferido para terceiros, e o cheque ao portador, que pode ser sacado por qualquer pessoa.

O cheque visado garante que o banco bloqueou em conta o valor especificado, assegurando seu pagamento. Por outro lado, o cheque administrativo é emitido pela própria instituição financeira, oferecendo maior credibilidade em transações de alto valor. Por fim, o cheque especial é geralmente uma linha de crédito que funciona como uma extensão temporária do saldo, permitindo que o emissor realize pagamentos, mesmo quando não possui fundos disponíveis.

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