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Prescrição de dívida: Como funciona e quais são os prazos?

Prescrição de dívida ocorre quando o credor perde o direito de cobrar uma dívida devido ao vencimento do prazo legal, que varia conforme o tipo de dívida.

A prescrição de dívida é um tema de grande relevância para quem busca entender os prazos legais de cobrança e seus impactos. Saber como funciona a prescrição é essencial para evitar surpresas desagradáveis e gerenciar melhor as finanças pessoais ou empresariais. Em essência, essa prática judicial protege tanto o devedor quanto o credor, incentivando a resolução de dívidas em um período razoável de tempo.

Neste post, discutiremos como a prescrição de dívida opera no sistema jurídico brasileiro. Exploraremos detalhadamente os prazos prescricionais conforme diferentes tipos de compromisso financeiro. E, por fim, vamos esclarecer dúvidas frequentes sobre o tema, fornecendo um guia completo para todos que buscam informações sobre o assunto.

O que é a prescrição de dívida?

A prescrição de dívida é o término do direito de cobrar judicialmente uma obrigação após um certo período de tempo, geralmente por inércia do credor. Este instituto jurídico visa manter a segurança das relações jurídicas, impedindo que dívidas sejam cobradas indefinidamente. Assim, após o término do prazo prescricional, o devedor pode alegar a prescrição como defesa em uma ação judicial.

A contagem do tempo de prescrição começa a partir do momento em que o devedor se torna inadimplente. Esse início varia conforme o tipo de contrato ou obrigação, mas normalmente começa com o vencimento da dívida. É fundamental que tanto credores quanto devedores estejam atentos aos prazos legais, pois, após expirados, a dívida se torna inexigível por via judicial.

Ainda que a prescrição retire do credor o direito de cobrar judicialmente, ela não extingue a obrigação em si. Dessa forma, é possível que o devedor faça o pagamento voluntariamente, mesmo após o prazo prescricional. Entretanto, ele não poderá ser juridicamente compelido a fazê-lo.

Como funcionam os prazos prescricionais?

No Brasil, os prazos prescricionais variam de acordo com a natureza da dívida. Alguns exemplos mais comuns incluem: o prazo de cinco anos para dívidas decorrentes de contratos de serviços e produtos, que é regido pelo Código Civil, e o prazo de três anos para dívidas trabalhistas, conforme a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

As dívidas tributárias, por sua vez, possuem um prazo prescricional de cinco anos contados a partir da data de sua constituição definitiva. Já as multas administrativas seguem prazos específicos que variam conforme os regulamentos de cada órgão público. Conhecer esses prazos é vital para evitar prejuízos financeiros inesperados ou perder o direito de cobrar um crédito.

É importante destacar que, em algumas situações, o prazo de prescrição pode ser interrompido ou suspenso. A interrupção ocorre, por exemplo, com o ajuizamento de uma ação judicial pelo credor. Já a suspensão pode acontecer por diversos motivos, incluindo condições específicas da relação jurídica ou por acordos entre as partes.

Outros tipos de prazos prescricionais

Para além dos exemplos já citados, existem outros prazos prescricionais relevantes. Por exemplo, modalidades de dívidas com prazo de 20 anos, como hipotecas e outros tipos de garantias reais. Dívidas bancárias de financiamentos e empréstimos pessoais geralmente também seguem o prazo de cinco anos.

Os cheques possuem um prazo de seis meses contados a partir do término do prazo de apresentação (30 dias para cheques da mesma praça e 60 dias para cheques de praças diferentes). Já as duplicatas têm um prazo de três anos contados a partir do vencimento. Cada tipo de título tem um tramite específico, por isso, é fundamental consultar legislação e especialistas para entender cada caso.

Entender os diferentes prazos de prescrição é crucial para qualquer planejamento financeiro eficaz, garantindo que tanto credores quanto devedores possam administrar adequadamente os recursos e obrigações. Portanto, estar atento a estes prazos auxilia na gestão e resolução de conflitos judiciais e extrajudiciais.

Consequências da prescrição de dívida

Quando uma dívida prescreve, o impacto é significativo tanto para o credor quanto para o devedor. Para o credor, a prescrição significa a perda do direito de cobrar a dívida de forma judicial, o que pode resultar em prejuízos financeiros consideráveis. Dessa forma, é essencial que os credores estejam sempre atentos aos prazos prescricionais para evitar a perda de créditos.

Para o devedor, a prescrição pode trazer alívio financeiro, uma vez que não existirá a possibilidade de ter que responder judicialmente pela dívida. No entanto, é importante destacar que a dívida não é extinta, apenas se torna inexigível. Assim, caso o devedor deseje, ele pode realizar o pagamento voluntário do débito prescricto.

Também vale mencionar que a inscrição do nome do devedor em cadastros de inadimplentes, como SPC e Serasa, deve ser retirada após cinco anos, independentemente de o credor ter buscado ou não a via judicial para cobrança. Isso significa que a prescrição traz benefícios práticos diretos para devedores em cadastros de negativação, ajudando a limpar o nome.

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